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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Questão de sobrevivência

Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós. Salmo 124:2

Sobrevivi os duros combates por dentro e por fora de mim.
Foram querras constantes que eu não pensei que iria chegar até aqui.
Lutas intensas eu tive que enfrentar,  batalhas ferrenhas eu tive que encarar mesmo sem querer. Dias de dores, aflições que de tão profundas deixaram lesões em mim.
Tive que ser forte mesmo fraca,  arrastando-me para sobreviver.

Vi cenário destruidor me cercar, vi ventos fortes me balançar,  vi correntes de morte tentar me prender.
Vi minhas forças ser engolida pela desilusão, pela decepção, pelas fortes ondas trazidas pelas intensa dor.
Chorei como filho abandonado, desprezado por seus pais.
Vivi noites escuras aonde a agonia e a amargura tentavam me fazer sucumbir.
Quase tombei, tremi nas bases em meio as árduas angústias, estremeci, quando sozinha, eu me vi.

Dias sem sol suportei, sol escaldante a minha pele aguentou.
Intermináveis labirintos me rodearam,  tudo fico sem sentido.
A minha alma gemia, ora em silêncio, ora em meio às lágrimas.
Não vi uma mão se quer estendida em minha direção,  mas vi diversos indicadores me apontarem, me condenarem, mesmo sem ter visto nada errado eu fazer.
Chorei sim, sofrir também.
Tantos apostaram que assim seria o meu fim, em desprezo e lamúrias,  muitos já tinham suas pás para lançar terra sobre mim, mas sobrevivi.

Sair de um profunfo vale tateando as suas paredes, cavando apoio com minhas mãos.
Atravessei longo deserto descalça, com a cabeça exposta ao ardor.
Andei por lugares pedregoso, dolorido, de intenso sofrimento, mas sobrevivi.
Encontrei forças em minha fé,  na certeza que há um Deus fiel que não iria me desapontar.
Enquanto todos lançavam suas pedras sobre mim, eu sentia o sopro de Deus suavizar a minha alma e cicatrizar as feridas deixadas no meu corpo.
O tempo passou, mas eu fiquei.
A esperança da minha virada, move-me.

A certeza do reviravolta vindo de Deus é tão grande em mim, que eu não ando mais, voo, e sobrevoo além do que ver os meus olhos.
Pois, eu sei que o laço se quebrou, e eu escapei com águia indomável que só atende ao som da voz do seu Deus.
Quem pensava em comemorar o meu fim que se prepare, vai ter que ficar na fila para de longe me ver.
Já venci, sobrevivi, Deus me ajudou, olha eu aqui.

Pra. Elza Amorim Carvalho
@Praelzacarvalho
# nas redes sociais.
Email: elzacarvalho68@ gmail.com

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